Houve um tempo, como dizem os livros de histórias, em que todo o conhecimento da humanidade e do mundo em que vivemos era estudado sob a égide da disciplina da filosofia, que quer dizer "amor à sabedoria". A física e a psicologia caminhavam lado a lado com a química, a metafíssica e a ética, porque todos estes temas eram tidos como partes de um só grande sistema.
Com o tempo, alguns tópicos - notadamente a física e a química - se destacaram do seu pai filosófico e desenvolveram a arrogante independência do adolescente. Até mesmo a psicologia renunciou às suas origens e declarou uma independência unilateral.
De todo este desenvolvimento surgiu a civilização tecnológica ocidental e resultaram muitos dos nossos hábitos sociais e princípios morais. Apesar dos seus detratores, a ciência ocidental é um extraordinário tributo à criatividade humana. Mas estamos começando a perceber que a nossa civilização é um sistema muito desiquilibrado e que se deve buscar uma concepção fundamental de propósito e unidade, se não se quiser destruir a civilização.
As grandes civilizações do Oriente não conseguiram nada melhor.
O Ocidente produziu um ambiente tecnologicamente avançado, porém emocional e espiritualemente estéril, ao mesmo tempo em que o grande desenvolvimento filosófico e psico-espiritual do Oriente definha hoje na pobreza, na ignorância e na miséria. Algo, sem dúvida, deve estra errado em alguma parte.
Mas há lampejos de luz despontando nas trevas. A ciência moderna está dando mostras de que se aproxima da idade adulta. O universo de Einsten e os físicos do átomo estão distantes dos mecanismos irracionais da ciência vitoriana.
A física está se tornando rapidamente uma ciência da vida, e as divisões entre espírito e matéria estão sendo desgastadas lenta e seguramente.
Extraído de A Cabala Prática, de Charles Fielding, publicado pela Editora Pensamento
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