Powered By Blogger

domingo, 25 de março de 2012

O Filósofo Sergio Cortella /CVP e Perturbando Luiz de Carvalho

Luiz de Carvalho na praça buscando a paz do domingo na brisa da tarde em sua cúpula sonora. 
O violoncelo rodava o vento, 
Gente ansiosa por um olhar, um abraço. chegando em Congonhas, 
uma digital era a câmera. 
Uma gota de Luz fazendo a vida melhor. 
(Mirante da Lapa)
Para acessar a programação do Voluntariado , clique aqui: www.voluntariado.org.br

segunda-feira, 19 de março de 2012

Amor Real

     A rigor, família é uma instituição social que compreende indivíduos
ligados entre si por laços consangüíneos.
     A formação do grupo familiar tem como finalidade a edu­cação,
implicando, porém, outros tantos fatores como amor, aten­ção, compreensão,
coerência e, sobretudo, respeito à individualidade de cada componente do
instituto doméstico.
    Com o Espiritismo, porém, esse conceito de família se alarga, porque
os velhos padrões patriarcais, impositivos e machistas do passado, cedem
lugar a um clã familiar de visão mais ampla de vivência coletiva, dentro das
bases da reencarnação. Por admitir que os laços da parentela são
preexistentes à jornada atual, os preconceitos de cor, de sangue, sociais e
afetivos caem por terra, em face da possibilidade de as almas retornarem ao
mesmo domi­cílio, ocupando roupagens físicas conforme as necessidades
evolutivas.
    As afeições reais do espírito sobrevivem à destruição do corpo e
permanecem indissolúveis e eternas, nutrindo-se cada vez mais de mútuas
afinidades, enquanto que as atrações materiais, cujo único objetivo são as
ilusões passageiras e os interesses do orgulho, extinguem-se com a “causa
que os fez nascer”.
    Assim, vemos famílias que adotam a “eliminação quase total da vida
particular”. A atenção é focalizada de forma exclusiva no grupo familiar,
cujos integrantes vivem neuroticamente uns para os outros. Bloqueiam seus
direitos à própria vida, à liberdade de agir e de pensar e ao processo de
desenvolvimento espiritual, para se ocuparem de cuidados improdutivos e
alienatórios entre si. Vi­vem uns para os outros numa “simbiose doentia”.
    Os elementos que vivem presos a esse relacionamento de permuta egoísta
afirmam para si mesmos: “Se eu me sacrifico pelo outro, exijo que ele se
dedique a mim”. Não se trata de caridade, e sim de compromissos impostos
entre dois ou mais indivíduos de juntos viverem, visando ao “bem-estar
familiar”. Na verdade, não estão exercitando o discernimento necessário para
enxergar a autên­tica satisfação de cada um como pessoa. Não nos referimos aqui ao companheirismo afetivo, tão reconfortante e vital à família, mas a uma postura obrigatória pela qual indivíduos se vigiam e se encarceram reciprocamente.
    Encontramos também outras famílias que não se formaram por afeições
sinceras; fazem comparações e observam caracte­rísticas de outras famílias
que invejam e que buscam copiar a qual­quer custo: são as chamadas
“alpinistas sociais".
    Procuraram formar o lar afeiçoadas a modelos de elegân­cia e a
peculiaridades obstinadas de afetação social, moldando o recinto doméstico
ao que eles idealizam a seu bel-prazer como “chique”.
    Vestem-se à imagem dos outros, comparam carros, mó­veis, gostos e comidas; negam a cada membro, de forma nociva, a verdadeira vocação, tentando sempre copiar modos de viver que não condizem com suas reais motivações.
    Há ainda outras agremiações familiares denominadas “exi­bicionistas”, em que os membros do lar se associam para suprir a necessidade que nutrem de ser vistos, ouvidos, apreciados e admirados. Ajudam-se mutuamente, ressaltando uns a imagem dos ou­tros e focalizando áreas que podem ser valorizadas pelo social, como, por exemplo, a beleza física ou o recurso financeiro. As pessoas vaidosas desse tipo familiar, quando bem sucedidas ou
conceituadas, alimentam exibição sistemática diante dos outros, como forma
de compensação ao orgulho de que estão revestidas.
   Assim considerando, somente os laços de família formados em bases de fidelidade, amor, respeito e dedicação perdurarão pela Eter­nidade e serão cada vez mais fortalecidos. 

    Os espíritos simpáticos envolvidos nessas uniões usufruem indizível felicidade por estar juntos trabalhando para o seu progresso espiritual. “Quanto às pes­soas unidas pelo único móvel do interesse, elas não estão realmente em nada unidas uma à outra: a morte as separa sobre a
Terra e no céu”.



  “... Afeição real de alma a alma, a única que sobrevive à destruição
do corpo, porque os seres que não se unem neste mundo senão pelos sentidos não têm nenhum motivo para se procurarem no mundo dos Espíritos. Não há de duráveis senão as afeições espirituais...” 
(Capítulo 4, item 18.) 




                                  Extraído de O Evangelho Segundo o Espiritismo - capítulo 4º item 18.
                         "Detalhes fazem a perfeição e a perfeição não é um detalhe."Michelangelo
                                                                         Recebido de Dé Doellinger/Mahavidya
Foto: Babel, óleo sobre tela, pintei há muito tempo , noutro milênio.