Quem foi para se manifestar, manifestou que foi muito bem criado, que não se criou para canga. As mães e pais da geração que ficará conhecida como a Vinagre, estão de parabéns.
Fiz alguns cartazes, imprimi outros e fui ao protesto com minha filha. Não foi uma ideia criativa, visto que numerosas mães tiveram a mesma. Só quem sofreu foram os despolitizados revoltados, posto que a rapaziada não deixava que os focos de manifestação revoltosa exacerbada se alastrasse. Olhe, observar o barulho de algo sendo arremessado rumo a prefeitura é um livro composto de dez tomos, para quem sabe ler sinais, mas então era de dar pena dos afoitos que tinham que baixar a crista recebendo pito da massa - em público e ao som de coro. O decoro da família brasileira fermentou em torno das mesas nos lares, nos refeitórios tristes da escolas cárceres, e fez crescer o bolo da indignação, pela falta de saúde, educação, respeito com o cidadão, o manjar coberto com uma excessiva pasta de impostos foi deglutido, digerido e os filhos alimentados nesta mesa cresceram e tem ideias próprias. A cereja do bolo, talvez seja o vô ou a vó roubados pelo governo, pelos bancos sem ficalização em suas pensões e aposentadorias. A Geração Vinagre é ácida e cortante. Expõe agora suas ideias avinagradas, que se Deus quiser, haverão de temperar a dúvidas o paladar da classe espúria que encrustou-se no comando do país, acostumada a dóceis cidadãos, sempre boa massa de manobra.
Os monstros do marketing já lançaram a contra-ofensiva que tenciona dispersar a atenção: votação da "cura gay".
Enquanto o alvo corre para apagar o fogo, eles cospem o bocado ardido, quem sabe as manifestações, exalações do Vinagre dissipam...
Nesta altura, parte dos manifestantes parou em frente dos prédios cujas janelas estavam abarrotadas de expectadores, o coro subiu convocando:
"Tira a gravata e
desce para a
passeata!"
passeata!"
Do céu desciam adesões serpenteantes em forma de gravatas. Foi poético.
Estes têm caras de líderes, heim?! imagem que fiz logo após o tumulto da tentativa de entrada na prefeitura. Minha filha e eu, estávamos ao lado. A logística natural do que é para dar certo, do que está maduro e é impecável; grades de contenção derrubadas? Vinha gente de todo lado e repunha. E o respeito com as mães? "Saiam daqui, vamos até ali, aqui pode ficar perigoso". Eu, heim?! Se o mundo todo fosse uma passeata como essa não haveria o que temer, é só ficar entre eles, que é "o melhor dos mundos", estas moças e rapazes e mães do movimento são mais articulados e gentis, civilizados e solidários que a maioria das pretensas damas com poder, por ai.
Com sorte até fazem uma reorganização boazinha no País; fazemos - que mães, professores e gays, gays professores, gays mães e gays pais - vamos lá, é para sentir orgulho e ajudar a encorpar a massa.
Dando tudo certo, este Feliciano raspará fora em dois tempos, sai com a corja que o usa como cortina de fumaça.
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