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domingo, 13 de novembro de 2011

A Origem

O homem se diferencia dentre os outros animais por seus dons de imaginação. Seus planos, invenções e descobertas surgem de uma combinação de diferentes talentos, e suas descobertas se tornam mais elaboradas e penetrantes à medida que aprende a combiná-las em formas mais complexas e intrincadas. Dessa maneira, descobertas tecnológicas, científicas e artísticas de diferentes épocas e de diferentes culturas exprimem, no seu desenrolar, conjunções cada vez mais ricas e mais íntimas de faculdades humanas, tecendo a treliça ascendente de seus dons.
É claro que nos sentimos tentados - o cientista mais fortemente - a esperar que as conquistas mais originais da mente sejam as mais recentes. Na verdade, muitos trabalhos modernos nos causam orgulho. Pense nas descobertas do código genético, na espiral do DNA ou nos trabalhos avançados sobre faculdades especiais do cérebro humano. Pensem na intuição filosófica que examinou a Teoria da Relatividade ou do microcomportamento da matéria no interior do átomo.
Contudo, o admirarmos nossos sucessos somente, como se eles não tivessem um passado(e um futuro assegurado), redundadria em uma caricatura do conhecimento. Isto, porque as conquistas humanas, e as científicas em particular, não são um museu de obras acabadas. Representam sim, um progresso, no qual os primeiros alquimistas e a requintada aritmética que os astrônomos Maias da América Central inventaram sozinhos, independentemente do Velho Mundo, preenchem um papel formativo.
Os trabalhos em pedra de Machu Pichu nos Andes e a geometria do Alhambra na Espanha mourisca se nos apresentam como excelentes exemplares de arte decorativa. Entretanto, se não forçarmos nossa apreciação um pouco além desse ponto, deixaremos de entender a originalidade das duas culturas que deram origem a esses trabalhos. Em seus respectivos tempos, representam eleborações tão espetaculares e importantes para seus povos quanto a arquitetura do DNA para nós.
Cada época exibe um ponto de inflexão. uma nova maneira de ver e afirmar a coerência do mundo
...
Para a química moderna, nada foi mais surpreendente do que a obtenção de diferentes ligas metálicas com propriedades novas; essa técnica foi descoberta depois do nascimento de Cristo, na América do Sul, e, muito antes, na Ásia. 
Conceitualmente, tanto a quebra, quanto a fissão do átomo derivam de uma descoberta levada a cabo na pré-história: pedras ou qualquer matéria apresentam planos de clivagem que permitem a obtenção de diferentes peças e rearranjos em novas combinações. Invenções biológicas foram conseguidas igualmente cedo pelo homem: a agricultura - a domesticação do trigo selvagem, por exemplo - e a idéia improvável de amansar e então usar o cavalo como animal de sela."
O trecho acima, retirei do livro Escalada do Homem, de J Bronowski, que é tão excitante que me dá vontade de transcrever inteiro, para ti. Trementamente coerente. Um passo depois do outro nos traz onde estamos, livro publicado em conjunto pela Martins Fontes e Editora Universidade de Brasília.
Abaixo trechos de textos referentes a René Quinton, o pesquisador francês que soube fisgar um princípio que deixou de ser investigado na conturbada época em que o homem industrializou a vida e deixou de crer na cura que ele mesmo não desenvolve no laboratório. Em demérito para o método Quinton, existe a história de um cachorro que teria recebido a transfusão Quiton e morrido no dia seguinte, dizem que teria sido substituido por um sósia, que viveu mais cinco anos são, que nem quando nasceu. 
Teria sido a crença na cura do cão, a atuar como placebo nos humanos que saravam com o método? Quem levantou o "gato", óbviamente desejava desmerecer a pesquisa, e não provou que o cientista esteve envolvido. E se esteve, o atualíssimo filme O Planeta dos Macacos  - O Retorno, que trata do delicado tema "mostrar resultado", que atormenta aos pesquisadores, mesmo na atualidade, mais ainda na atualidade. 
Evoluímos tanto, e sem pejos descaracterizamos uma pesquisa que não é preciso ser Einsteim para saber que contém verdades libertadoras: os oceanos estão repletos de bençãos potenciais.
Descartamos uma pesquisa de valorização deste universo sobre o qual nem mesmo hoje se pesquisa adequadamente, para evolucionar usando-o como depositário dos esgotos das grandes cidades e receptáculo do lixo radiotivo que embarcamos em barris, em balsas, e liberamos a deriva em alto-mar.
Os textos abaixo foram compilados por Helena Gerenstadt, e divulgados pela amiga Mirtzi Lima Ribeiro - Título honorífico de Cidadã Planetária, e Membro do Conselho Administrativo do Comitê Mundial de Cidadania Planetária.


"René Quinton era uma dessas pessoas que possuem cultura enciclopédica, que se interessam apaixonadamente por mil coisas e aplicam a tudo seu espírito inventivo e sua imaginação. Foi admirado por suas descobertas no campo da medicina e da biologia, por seu senso prático na criação de dispensários marinhos, por diversas invenções, por sua contribuição ao desenvolvimento da aviação francesa e dos planadores, assim como por seu heroísmo durante a Primeira Guerra Mundial.
Quinton criou um método terapêutico muito avançado para o seu tempo e causou verdadeira revolução na maneira de compreender a origem da vida e as teorias da evolução.
A água do mar: meio vital
Quinton formulou a hipótese de que “a vida animal, que começou como uma célula no mar, manteve através de toda a evolução zoológica as células que compõem cada organismo num ambiente marinho.”
Isso serve tanto para as espécies marinhas quanto para as de água doce ou terrestre. Esse meio vital é externo nas primeiras espécies (o mar) e interno nas que vieram depois (sangue e linfa).
Uma longa série de experimentos com várias espécies confirma essa hipótese e estabelece a lei da constância marinha. Uma demonstração muito famosa foi mergulhar glóbulos brancos, que não resistiam a nenhum meio artificial, na água do mar. Eles conseguiram viver lá perfeitamente.
A análise minuciosa da água do mar e do meio vital tornou possível a Quinton descobrir mais 17 elementos raros, além dos 12 já conhecidos em sua época.
Ele é claramente o precursor da teoria dos oligoelementos, sendo um dos primeiros a mostrar sua necessidade para o bom funcionamento do organismo. O estudo da concentração desses sais minerais no meio vital de espécies diferentes permitiu a Quinton estabelecer uma lei de constância salina (ou osmótica): as espécies recentes têm um meio vital com o teor de salinidade dos oceanos primitivos (7 a 8/1000). As mais antigas, permeáveis ao meio externo, acompanharam a transformação da concentração salina dos oceanos (35/1000). A partir dessa lei, Quinton concluiu que a água do mar isotônica (ou seja, com o teor de salinidade apropriado para a espécie) pode substituir o meio vital de um organismo.
O ponto fundamental da lei de constância salina de Quinton é que a vida animal (e, portanto, a vida humana) — surgida na água do mar — conservou em todos os organismos um meio marinho para as células, de maneira que elas continuam a viver como peixes na água do mar. Devido a essa identidade entre o meio interno (meio vital) e a água do mar isotônica, é possível estimular as forças vitais de qualquer organismo, regenerando seu meio vital enfraquecido — do qual se nutrem as células — por meio da água do mar pura, de composição equilibrada e completa. Assim que o meio vital recupera sua vitalidade original, as células podem novamente retirar dele os elementos necessários para seu bom funcionamento e vencer as doenças (desequilíbrios do organismo).
O meio vital é parte importante do terreno do indivíduo. Talvez seja, simplesmente, o terreno. Regenerando o meio vital pela água do mar isotônica, o doente reconstrói seu terreno de uma só vez.
É possível trabalhar ao mesmo tempo em dois planos: estimular as defesas do organismo — reforçando ou renovando o terreno, isto é, o meio vital — e, também, lutar contra vírus e micróbios para ajudar um organismo enfraquecido a vencer o inimigo. 
Os dispensários marinhos
Diante da mortalidade infantil muito elevada (cólera, tifo, diarréia etc.), René Quinton criou dispensários marinhos para tratar de lactentes e crianças pequenas. O plasma de Quinton (água do mar isotônica) em injeções era o único tratamento (acompanhado de uma dieta natural). Os resultados eram imediatos e espetaculares: crianças à beira da morte, recusando qualquer alimentação, comiam em pouco tempo após a primeira injeção do plasma de Quinton e começavam a ganhar peso. O “Quinton” ficou famoso imediatamente. Surgiram dispensários em todas as cidades da França e também no exterior. Quinton tornou-se conhecido mundialmente e aclamado benfeitor da humanidade. Erradicou com sucesso várias epidemias de cólera infantil, especialmente na Itália e no Egito.
O Dr. Jean Jarricot, que abriu o célebre dispensário marinho de Lyon, sintetizou suas rigorosas pesquisas com milhares de crianças no livro “Le dispensaire marin, un organisme nouveau de puériculture” (O ambulatório marinho, um novo órgão de puericultura). Esse livro continua sendo uma mina de ouro de informações práticas sobre as aplicações terapêuticas do plasma de Quinton adaptadas a cada doença. Muitos criticaram a cura marinha de Quinton por ignorância, quando o método foi mal usado ou mal dosado, quando a água do mar foi impropriamente tratada ou mesmo substituída por simples soro fisiológico cuja composição está longe de ser a do plasma.
A polivalência: um defeito?
A água do mar isotônica não trata apenas crianças, embora se tenha dado prioridade a essas aplicações. Ela produziu resultados notáveis em casos de anemia, doença de pele, tifo, desidratação, distúrbios do sistema nervoso, doenças hereditárias, abortos, problemas intestinais, raquitismo, anorexia, toxemia e, também, como diluente para antibióticos.
Essa polivalência do plasma se deve ao tratamento do terreno que é regenerado, não importando qual a doença ou vírus em questão. Apluralidade de efeitos é mal vista pela indústria farmacêutica, que produz centenas de medicamentos por moléstia. Ela sofre a concorrência de um produto que, embora não seja uma panacéia, é policurativo e custa quase nada.
Diversos médicos consideram hoje que as doenças chamadas da civilização são doenças de carência, resultantes de um meio vital enfraquecido, desequilibrado, incapaz de suprir as necessidades vitais das células que deve alimentar.
Superioridade da água do mar
A água do mar isotônica (plasma de Quinton) e hipertônica (Quinton via oral) são produtos insubstituíveis. 
Por sua própria natureza, estão em osmose com o organismo e fornecem a totalidade dos oligoelementos, numa dosagem e na forma que corresponde exatamente ao necessário.
Quinton reproduziu todas as experiências que realizou com o plasma de Quinton com outros produtos, especialmente o soro fisiológico. Todos os resultados confirmaram a nítida superioridade do plasma marinho. 
Mesmo uma solução de água do mar, obtida evaporando metade de seu volume e depois acrescentando água destilada, não produz os mesmos resultados como o plasma feito com água do mar selecionada e água de fonte. Isso porque os sais na água do mar e em nosso organismo contribuem para uma ação coordenada: falamos de sinergia.
René Quinton fez pesquisas e mais pesquisas antes de determinar exatamente como a água do mar deveria ser captada, esterilizada a frio e diluída para obter um produto 100% de acordo com suas exigências. Compete aos médicos de hoje apreciar seu espírito de síntese e trabalhar para a unidade da medicina a serviço da saúde."
  Fonte: Xavier Bouillot -Trechos da revista “Le Lien”, 1990.

O SEGREDO DAS NOSSAS ORIGENS - André Mahé
Descrição dos trabalhos de René Quinton utilizando a água do mar pura, isotônica, no combate à mortalidade infantil. Ele ficou famoso curando as crianças em seus dispensários marinhos de cólera, tifo, diarréia etc
Cirurgia sem transfusão: Aquilo que era uma convicção religiosa das Testemunhas de Jeová está se tornando uma preferência dos médicos de ponta. O instituto de pesquisas de Englemond, EUA, está liderando 50 hospitais americanos onde os cirurgiões não recorrem mais à transfusão. Esses estabelecimentos propõe um leque de técnicas que reduzem as perdas sangüíneas. No caso da perda de sangue de 90% é, segundo eles, ainda possível evitar a transfusão, por meio da suplementação de ferro e vitaminas em doses elevadas, assim como a eritropoietina de síntese, que estimula a fabricação de glóbulos vermelhos na medula óssea. É pena que não se fala das transfusões de substituição pelo soro de Quinton (água do mar esterilizada e diluída a 1/5) que foi usada com sucesso durante um quarto de século. Em novembro de 2001 o Dr. Edwin Deitch, diretor do Hospital Universitário de Nova Iorque, EUA, declarou: "As técnicas sem transfusão usadas para as Testemunhas de Jeová mostraram como estes se recuperaram melhor das operações do que aqueles que receberam transfusão (http://www.chez.com/12lois/coeur/vsp.html)


Veja também www.amessi.org - Association de Médicines Evolutives Santé et Sciences Innovantes, pesquisadores famosos e descobertas importantes:

René Quinton nació el 15 de diciembre de 1866 en la ciudad de Chaumes-en-Brie y murió el 9 de julio de 1925 en Grasse, fue un científico naturalista, fisiólogo y biólogo francés. Autodidacta, elaboró una teoría sobre el origen y la naturaleza marina de los organismos vivos. Sus trabajos tuvieron en su época repercursiones considerables en los dominios científicos, terapéuticos y filosóficos.
André Quinton Brasil, Rio de Janeiro, 2002, 170 p



Foto: A Jangada de Medusa, pintura de Theodore Géricault retratando um naufrágio acorrido no ano de 1816. Um navio oficial francês transportava colonos para o Senegal e por imperícia do capitao que fora nomeado politicamente, encalhou e afundou em um banco de areia na costa da Mauritania. O capitão e os tripulantes ocuparam os poucos barcos salva vidas e os colonos sobreviventes ficaram a deriva sobre uma prancha da fragata, foram abandonados pelos tripulantes dos salva vidas e arrastados para o alto mar por uma tempestade. Vinte e sete dias depois foram resgatados. Dos 149 ocupantes da jangada, restavam apenas 15 sobreviventes do sol escaldante, canibalismo e loucura. O pintor Gericault, contemporâneo, entrevistou os sobreviventes e pesquisou cada detalhe do terrível evento que mobilizou e escandalizou a sociedade da época, para pintar esta cena, que apresentou em um salão três anos depois.
Conheci e estudei o quadro pela fascinação que exercia sobre Ben-Hur Mafra, o esposo de minha mestre, Ingeborg. O filósofo pesquisava incansavelmente a obra, que pela mensagem política e filosófica, garantia, é uma das obras mais importantes da criação artistica da humanidade. Ele dizia: A mais importante!! 

Um comentário:

  1. Giane
    Obrigada pela divulgação nesse seu lindo e instrutivo espaço.
    beijos no coração

    Mirtzi

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