Powered By Blogger

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Elefantes Saindo da Caverna

Depois de assistir o filme Água para Elefante, dirigido por Francis Lawrence, dar de cara com este documento surpreendente sobre de Sri Siam - O Elefante Artista, provoca revoluções internas e imensa emoção, um misto de culpa e  euforia na esperança da alforia dos companheiros planetários. 
Ele vive no parque Lamphang Elephant Camp, na Tailândia. 
Os elefantes deste parque receberam pincéis, rapidamente os dominaram e os desenhos foram aparecendo, mas a maestria é de Sri Siam. 
Antes de iniciarem seu trabalho detém-se em concentração, então escolhem as cores e iniciam a arte. Cada elefante possui um zelador que o auxilia com pincéis e tintas.
Mas nem todos pintam, embora extremamente sensíveis e inteligentes.  
A produção artística dos maravilhosos paquidermes tem sido acolhida, entre críticos, colecionadores e conservacionistas, como o portento instigante que é. As obras criadas por eles estão expostas em conceituados estabelecimentos internacionais de arte, entre eles, a prestigiosa Christie’s de Nova Iorque, e o Museu de Arte Contemporânea em Sydney, Austrália. 




 No vídeo veja o grupo de artistas pintando ao sol:

domingo, 27 de novembro de 2011

Suco de Luz

Quando um raio de sol incide sobre uma folha verde, imediatamente o milagre começa a acontecer. A clorofila, pigmento verde das plantas, utiliza a energia solar para a realização da fotossíntese, passando a elaborar compostos e tecidos orgânicos, com a liberação do oxigênio, a partir do dióxido de carbono e água.
Na prescrição da dieta original, o Homem recebeu de Deus, como alimentos, as ervas do campo, ricas em seiva e verdor.
Não é de admirar, pois, que o organismo humano seja tão beneficiado ao absorver a clorofila das plantas, como parte de sua dieta.
Nenhum elemento tem acesso à corrente sangüinea tão rápido como a Clorofila. Ela é um fator nutricional importante. Um ótimo desintoxicante da Natureza. Incluir na dieta clorofila líquida concentrada como suplemento alimentar  é uma necessidade de quem quiser se manter saudável, tendo em vista o fato de que os alimentos industrializados possuem excesso de acidez, cuja eliminação pelo organismo é sensivelmente favorecida pela clorofila.


Benefícios do suco de clorofila:
-aumenta a contagem sangüinea
-fornece ferro para todos os orgãos
-reduz as toxinas ingeridas
-reduz a anemia
-limpa e desodoriza os tecidos intestinais
-ajuda a purificar o fígado
-reduz a taxa de açúcar no sangue
-ajuda a curar os ferimentos 
-elimina odores do corpo
-limpa os dentes e as gengivas na piorréia
-melhora a drenagem nasal e expectoração do catarro
-reduz o corrimento nasal
-elimina o mau hálito
-excelente gargarejo pós operatório
-cura as úlceras dos tecidos
-reduz a dor causada por inflamações
-revitaliza os sistemas vasculares das pernas
-reduz a acidez intestinal
-nutre e fortalece o sistema circulatório e intestinal


Ingredientes para o suco de clorofila básico para 2 pessoas:
- 1 pé de alface
- 2 folhas de couve
- meio pepino
- 2 maçãs
- meio limão
- 3 laranjas ( descascar removendo somente a parte laranja)
- 1 rodela fininha de gengibre


Modo de preparar:
Passar tudo na centrífuga e servir gelado. Quando sirvo o suco para para crianças, adoço-o com mel. E uma receita que usamos na família há muito anos, como desintoxicante e estimulante. Recomendo. De mais a mais, só prepará-lo já é poesia.


No link está o futuro do transporte público de São Paulo: 
O projeto de Alexandre Delijaicov:
http://youtu.be/Y7ojRI_HR7o

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Rosas e Sol

Hoje alimentei o blog Rosas e Sol, que manterei atualizado com fotos dos meus trabalhos em pintura e escultura que for finalizando.
Convido-te a fazer uma visita, verás que coloquei valor das obras, é que artista também tem o costume de comercializar seu trabalho. Amigos disseram:
-Crie um espaço objetivo, sucinto, trace metas. Seja mais direta, vá ao ponto, o ponto é fazer com amor, ser feliz e viver dignamente, aspiração universal da qual compartilhamos. 
Os amigos e os instrutores do SEBRAE que estão ministrando palestras aos artistas que participaram do 24° Salão de Arte de Pinheiros, estão alinhados em concordância. Hoje a palestrante foi a Carolina Pires, que discorreu sobre Plano de Negócios. É preciso, disse ela, e concordo, exercitar o CHA= Conhecimento+Habilidade+Atitudes. 
No próximo encontro a competente enciclopédica Carolina abordará o tema Direitos Autorais. 
Será no dia 07/12, na Associação Comercial de Pinheiros.
E, pois, por enquanto é ver o Rosas e Sol e desfrutar das chances novas que os dias trazem.


A entrada está no link: http://rosasesol.blogspot.com

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Surpresa!

No ventre de uma mulher grávida estavam duas criaturas conversando quando uma perguntou à outra:
- Você acredita em vida após o nascimento?
A resposta foi imediata:
- Certamente. Algo tem que haver após o nascimento. Talvez estejamos aqui principalmente porque precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.
- Bobagem, não há vida após o nascimento! Como seria essa vida?
- Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui.
Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a boca.
- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical é o que nos alimenta. Eu digo
somente uma coisa: a vida após o nascimento é uma hipótese definitivamente excluída o cordão umbilical é muito curto.
- Na verdade, creio que certamente haverá algo. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui.
- Mas ninguém veio de lá, ninguém voltou depois do nascimento. O parto apenas encerra a vida. Vida que, no fim das contas, é nada mais do que
uma angústia prolongada nesta absoluta escuridão.
- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas, com certeza, veremos mamãe e ela cuidará de nós.
- Mamãe? Você acredita em mamãe? E onde ela supostamente estaria?
- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela tudo isso não existiria.
- Eu não acredito! Eu nunca vi mamãe alguma, o que comprova que mamãe não existe.
- Bem, mas, às vezes, quando estamos em silêncio, você pode ouvi-la cantando, ou sente como ela afaga nosso mundo. 
Sabe? Eu penso, então, que a vida real só nos espera e que, agora, apenas estamos nos preparando para ela.
Metáfora recebida da Gilda Beltrame/Mahavydia, via Ilze.

sábado, 19 de novembro de 2011

Evangelho no Lar - Perguntas

 DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
O que a Doutrina Espírita pode falar a respeito de doação de órgãos, sabendo-se que o desligamento total do espírito pode às vezes ocorrer em até 24 horas e que, para a medicina, o tempo é muito importante para a eficácia dos transplantes? O Espiritismo é contra ou a favor dos transplantes?
Responde Emmanuel: O benefício daqueles que necessitam consiste numa das maiores recompensas para o espírito. Desse modo, a Doutrina Espírita vê com bons olhos a doação de órgãos.Mesmo que a separação entre o espírito e o corpo não se tenha completado, a Espiritualidade dispõe de recursos para impedir impressões penosas e sofrimentos aos doadores. A doação de órgãos não é contrária às Leis da Natureza, porque beneficia, além disso, é uma oportunidade para que se desenvolvam os conhecimentos científicos, colocando-os a serviço de vários necessitados.


 COMA
O que se passa com os espíritos encarnados cujos corpos ficam meses, e até mesmo anos, em estado vegetativo (coma)?
Responde Emmanuel:Seu estado será de acordo com sua situação mental. Há casos em que o espírito permanece como aprisionado ao corpo, dele não se afastando até que permita receber auxílio dos Benfeitores espirituais. São Pessoas, em geral, muito apegadas à vida material e que não se conformam com a situação.Em outros casos, os espíritos, apesar de manterem uma ligação com o corpo físico, por intermédio do perispírito, dispõem de uma relativa liberdade. Em muitas ocasiões, pessoas saídas do coma descrevem as paisagens e os contatos com seres que os precederam na passagem para a Vida Espiritual. É comum que após essas experiências elas passem a ver a vida com novos olhos, reavaliando seus valores íntimos.Em qualquer das circunstâncias, o Plano Espiritual sempre estende seus esforços na tentativa de auxílio. Daí a importância da prece, do equilíbrio, da palavra amiga e fraterna, da transmissão de paz, das conversações edificantes para que haja maiores condições ao trabalho do Bem que se direciona, nessas horas, tanto ao enfermo como aos encarnados (familiares e médicos).

 EUTANÁSIA
Qual postura se deve ter perante a eutanásia? Estando o corpo físico sendo mantido por instrumentos, o espírito continua ligado a ele ou não?
Responde Emmanuel: Os profissionais e responsáveis por pacientes que consentem com a prática da eutanásia, imbuída de idéias materialistas, desconhecem a realidade maior quanto à imortalidade do espírito. A morte voluntária é entendida como o fim de todos os sofrimentos, mas trata-se de considerável engano. A fuga de uma situação difícil, como a enfermidade, não resolverá as causas profundas que a produziram, já que estas se encontram em nossa consciência.É necessário confiar, antes de tudo, na Providência Divina, já que tais situações consistem em valiosas lições em processos de depuração do espírito. Os momentos difíceis serão seguidos, mais tarde, por momentos felizes. Deve-se lembrar também que a ciência médica avança todos os dias e que males, antes incuráveis, hoje recebem tratamento adequado, além disso, em mais de uma ocasião já se verificaram casos de cura em pacientes desenganados pelos médicos.Quanto à outra questão, respondemos que sim, os aparelhos conseguem fazer com que o espírito permaneça ligado a seu corpo por meio de laços do perispírito. Isso ocorre porque eles conseguem superar, até certo ponto, as descompensações e desarmonias no fluxo vital do organismo causado pela enfermidade.

GENÉTICA
A Ciência se aperfeiçoa e caminha para resolver todos os problemas genéticos, ou seja, não mais nascerão crianças defeituosas. Pode-se concluir que os espíritos necessitados não mais terão oportunidade de reencarnar com provas difíceis para cumprir?
Responde Emmanuel: Mesmo com o aperfeiçoamento da Ciência para resolver problemas genéticos, o espírito comprometeu-se em existências anteriores cometendo delitos que justificam, hoje, o seu nascimento com defeitos físicos e, por isso, continuará tendo provações difíceis objetivando a evolução.A Ciência humana nunca poderá superar as Leis Divinas, que são físicas e morais, sendo que as provações não são somente de ordem física, mas também moral.

CONTROLE DA NATALIDADE
Qual é a posição do Espiritismo quanto ao uso de anticoncepcionais à esterilização?
Responde Emmanuel: Tendo firmes nossos valores morais, nosso discernimento determinará o número de filhos que possamos criar com alegria, dentro dos padrões de correção e bons sentimentos.Há clara diferença entre impedir a vinda de almas através do aborto, por egoísmo e desejo de sensualidade desequilibrada, e optar por um planejamento consciente, que cabe ao casal decidir.A Doutrina deixa nossas consciências livres para tal gesto.

 
BEBÊS DE PROVETA - INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
Como a Doutrina Espírita vê a situação dos bebês de proveta, isso é certo ou errado?
Responde Emmanuel: A Espiritualidade inspira e acompanha os progressos da ciência e os pesquisadores não conseguem realizar o que não tem apoio nos laboratórios do Infinito.Dentro da correta orientação médica, esse tipo de concepção pode ser tratado, não nos esquecendo de que muitas crianças sem lar anseiam por nosso afeto, em caso de impedimento físico para gerar um corpo.

DETERMINAÇÃO DE SEXO
Como devemos encarar a possibilidade de a ciência humana patrocinar a determinação de sexo no início da gestação?
Responde Emmanuel: Compreendendo-se que nos vertebrados o desenho gonadal se reveste de potencialidades bissexuais no começo da formação, é claramente possível a intervenção da ciência terrestre na determinação do sexo, na primeira fase da vida embrionária; contudo, importa considerar que semelhante ingerência na esfera dos destinos humanos traria conseqüências imprevisíveis à organização moral, entre as criaturas, porque essa atuação indébita se verificaria apenas no campo morfológico, impondo talvez inversões desnecessárias e imprimindo graves complicações ao foro íntimo de quantos fossem submetidos a tais processos de experimentação, positivamente contrários à inteligência que reflete a Sabedoria de Deus.

 
CREMAÇÃO
Emmanuel: De quando em quando, amigos da Terra nos inquirem com respeito aos resultados possíveis da cremação que tenhamos porventura experimentado após o afastamento do corpo denso. E efetivamente o assunto se reveste de significação e proveito, pelas repercussões do processo crematório no plano espiritual.Por muito se examine, no mundo, a presença da morte física, conferindo-se-lhe foros de igualdade em quaisquer circunstâncias, o óbito não é idêntico no caminho de todos. Qual ocorre no berço, quando o renascimento estabelece condições diferentes, do ponto de vista orgânico, para cada um de nós, a separação do veículo terrestre está revestida de características originais para cada indivíduo. Além da existência comum na Terra, nem todas as criaturas se observam imediatamente exoneradas da inquietação e do trauma, da ansiedade ou do apego exagerado a si próprias.Temos companheiros que, na desencarnação pelo fogo se liberam de improviso de qualquer conexão com os recursos que usufruíram na experiência material. Entretanto, encontramos outros, em vasta maioria, que embora a lenta desencarnação progressiva que atravessaram, se reconhecem singularmente detidos nas impressões e laços da vida material, notadamente nas primeiras cinqüenta horas que se seguem à derradeira parada cardíaca no carro fisiológico. Fácil observar, em vista disso, que o período de espera, no espaço razoável de setenta e duas horas, entre o enrijecimento do corpo físico e a cremação respectiva, é tempo valioso para a generalidade de todos aqueles que se encontram em trânsito de uma vida para outra.Isso é compreensível porque se muitos irmãos dispensam semelhante cuidado, desde os primeiros instantes de silêncio no cérebro, outros, aos milhares, se observam vinculados aos tecidos inertes de que já se desvencilharam, no anseio, embora vão, de revivescê-los. À face do exposto, nós, os amigos desencarnados, nada poderíamos aventar fundamentalmente contra a cremação. No entanto, entendendo que os nossos amigos - os homens da Esfera Física - ainda não dispõem de instrumento para analisar os graus de extensão e de intensidade do relacionamento entre o espírito recém-desencarnado e os resíduos sólidos que lhes pertenceram no mundo, consideramos justo que se lhes rogue o citado período de repouso, a favor dos chamados mortos, em câmara fria que lhes conserve a dignidade da forma. Depois disso o sepultamento ou a cremação nada mais representam, para a alma, que a desagregação mais lenta ou mais rápida das estruturas entretecidas em agentes físicos, das quais se libertou.
(Do livro "Caminhos de Volta", Francisco C. Xavier)

HOMEOPATIA
 É verdade que a homeopatia age no perispírito?
Responde Emmanuel: O medicamento homeopático atua energeticamente e não quimicamente, ou seja, sua ação terapêutica vai se dar no plano dinâmico ou energético do corpo humano, que se localiza no perispírito.A medicação estimula energeticamente o perispírito, que por ressonância vibratória equilibra as disfunções existentes, isto é, o remédio exerce dias funções enquanto atua. Por isso a homeopatia além de tratar doenças físicas, atua também no tratamento dos desequilíbrios emocionais e mentais, promovendo, então, o reequilíbrio físico-espiritual.

Extraído do livro “Plantão de Respostas, 
 Francisco Cândido Xavier, Pinga Fogo

"No momento em que nos comprometemos, a providência divina também se põe em movimento. Todo um fluir de acontecimentos surge ao nosso favor. Como resultado da atitude, seguem todas as formas imprevistas de coincidências, encontros e ajuda, que nenhum ser humano jamais poderia ter sonhado encontrar. 
Qualquer coisa que você possa fazer ou sonhar, você pode começar.
A coragem contém em si mesma, o poder, o gênio e a magia."


Goethe- compilação recebida de Schyrlei Pinheiro/Mahavydia
Fotos recebidas do amigo Tunico, sem referência de autoria

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Remediável

Retrato de Marie, Chantal, Agenor, Marinagela e Heitor, e O Poço em Troyes/França, pintei em óleo
Epícuro viveu durante um período considerado decadente na Grécia -semelhante ao tempo presente - sem o explendor; encontrava-se perdida em meio a uma crise sem precedentes em sua história. 
O sistema social que permitiu que por mais de seis séculos o cidadão grego vivesse para o ócio produtivo havia desmoronado, e o enfraquecimento político gerou a fragmentação daquela sociedade. 
As instituições públicas e os deuses do pantheon grego estavam desacreditados. Esse complexo quadro de decadência leva Epícuro a propor duas atitudes para executar e conquistar o objetivo da existência humana. A primeira é buscar a vida prazerosa sustentada na amizade.
Isto seria o princípio do seu hedonismo ético implicado na busca constante do prazer.
A segunda é uma atitude prática: a fundação da comunidade auto-sustentável. Entende-se essa última ação como o sonho de todo cientista social, governo, ou empresário contemporâneo.
Quando Aristipo de Cirene afirmou que o supremos bem do homem consistiria no prazer físico, com certeza ele não estava sonhando, pois afinal, o fisiculturismo, outra marca do nosso tempo, sempre esteve em alta na magna Grécia.
A prova disso são as Olimpíadas, a maior festa religiosa dos helênicos, que era o único evento, além da guerra, que reunia todos os povos gregos para celebrar as habilidades do corpo e a força física.
A boa forma física era considerada uma manifestação divina materializado nos feitos dos atletas.
Entretanto nenhum outro pensador além de Epícuro levou mais seriamente a proposta de que o fim último da vida é o prazer. Na sua trajetória ascendente no mundo intelectual grego, antes de chegar a Atenas, teria, provavelmente, ensinado em Colofon, depois de receber iniciação filosófica em sua cidade natal (nasceu em Samos, no ano de 341 antes de Cristo). 
Na capital intelectual do mundo antigo, o pensador observou que as escolas deixadas por Platão e Aristóteles viviam praticamente do glorioso passado, sem nenhuma preocupação com o decadente presente. 
Decidiu então fundar sua própria escola, pois entendia que tinha que dizer algo novo para seu tempo e para o futuro.
A revolução promovida por ele teve início inclusive na escolha do lugar, um prédio na periferia de atenas com um grande jardim, e que estava longe do tumulto daquela grande cidade. Nesse local, Epícuro inicia sua vida inovadora de pensador.
No aspecto prático, cria uma comunidade auto-sustentável. 
Seus discípulos não apenas freqüentavam-na, mas viviam lá em tempo integral. eles plantavam o essencial para viver em harmonia e todos procuravam desenvolver os prícípios propostos po Epìcuro, e tomavam contato com a cultura filosófica geral. 
Alguns pensadores chegaram a comparar a comunidade de Epícuro com os mosteiros medievais ou com as comunidades alternativas de hoje. 
Nas suas escolas não ensinava os utilitarismos dos sofistas e nem a elitização do acesso à cultura, privilégios dos cidadãos gregos do período filosófico clássico. O objetivo maior de sua comunidade era preparar pessoas para obter qualidade de vida.
Assim, o primeiro ensinamento era o de buscar o máximo de qualidade de vida, com harmonia e sabedoria. Diga-se de passagem, Epícuro é o autor deste conceito. Por trás desse conceito está a identidade da ética epicuréia, que pode ser demonstrada por esta citação da carta a Meneceu: "Assim como dos alimentos (o sábio) não deseja a porção mais abundante de todas, mas a mais agradável, do tempo deseja desfrutar não o mais longo e sim o mais propício." Neste ensinamento podemos encontrar as duas dimensões da alimentação. a primeira é o prazer, em suas palavras, "o mais agradável". A segunda, na expressão do pensador, "o mais propício" trata da dimensão da saúde que até hoje está esquecida em nossa cultura alimentícia e que nesses dias começa a ser recuperada. O compromisso de coexistir harmonicamente era assumido por todos os membros da comunidade, fraterna e solidaria, numa partilha de afetos, bens e sabedoria. 
Nesse ensinamento se apresenta o conteúdo da proposta do "filósofo dos jardins".
Já no segundo ensinamento encontra-se o que há de mais nobre no pensamento desse pensador, também o motivo pelo qual se tornou, por muito tempo, censurado ao extremo.
(A perseguição ao pensamento de Epícuro foi tão forte que de suas trezentas obras, cinco chegaram até o nosso tempo, sendo três cartas completas e em torno de trinta fragmentos de outras duas obras).
Numa visão de conjunto, os ensinamentos consistem em buscar o prazer e celebrá-lo na amizade.
Seus preceitos foram duramente castigados pela cultura ocidental, em sentido moral e religioso que viu na questão do prazer a banalização da sexualidade humana, restrita à finalidade da procriação. 
Essa realidade ainda continua em alguns segmentos religiosos e entre os moralistas conservadores.
Numa possível leitura, o pensamento de Epícuro é atual e desejado por empresários que anseiam por empresas estáveis, auto-sustentáveis e lucrativas, como também pelo poder público no desempenho de suas funções econômico-sociais. Nesse momento da história parece-nos que Epícuro está vivíssimo no mundo governamental e empresarial, ainda que estes não tenham consciência disso.
Por outro lado, o mesmo não ocorre no âmbito psicológico e social das pessoas. Enquanto personagens anônimos, o homem do nosso tempo experimenta a sociedade como algo complexo e estranho, da qual não tem uma consciência adequada de seus critérios e valores, do se processo e também de seus objetivos.
Essa realidade atrapalhou no sentido de formar uma idéia de sua origem, sua caminhada, seu presente e seu futuro.
Desse modo, ele vive de improviso em uma sociedade minuciosamente planejada, situação que o leva a embarcar em algumas armadlhas existenciais de uma qualidade de vida imediata quase sempre realizada por um processo consumista que compromete sua liberdade pessoal e seu poder de conquista. Assim sendo, esse homem se divorcia de sua vontade de realização. 
O resultado dessa dinâmica gera o esvaziamento do conceito de qualidade de vida que o homem contemporâneo tanto almeja. Além disso, nessa experiência o homem perde o contato consigo mesmo enquanto sujeito, e se reduz a um objeto de uma existência anônima. 
Perdida a liberdade, ele é tomado por estranhas necessidades que o impossibilitam na construção subjetiva do seu conceito de qualidade de vida. Nesse ponto, ocorre, também, o divórcio entre vida prática e pensamento teórico.
Um homem descrente de si e ocupado por necessidades estranhas que se apresentam no campo de suas responsabilidades canaliza a busca de qualidade de vida num consumismo desenfreado.
Outra forma de manifestação da falsa busca desta qualidade de vida está presente na cultura da sorte. Esta realidade leva o homem contemporâneo a acreditar que é mais fácil mudar sua vida apostando nas várias dezenas de loterias existentes do que gerar novas possibilidades pelo trabalho ou pela produção de novos conhecimentos. 
É a ideologia  da desvalorização da ação do homem como modo de transformação da vida para melhor. Dessa maneira, ele cada vez se vê mais distante do prazer e não o satisfaz a idéia da parafernália consumida para lhe oferecer qualidade de vida.
No pensamento de Epícuro, o prazer de viver é celebrado na amizade e não na aquisição de bens materiais. 
A natureza do prazer epicurista pertence a ordem do ser e não do ter.
A conssequência disso é que o prazer deixou de pertencer a subjetividade, ao interior do homem, e passou para o lado objetivo da sociedade mercantilista. Nesse momento o sujeito tornou-se deficiente e necessitado de objetos externos, sendo estes que o fazem ser. 
Isto é o que denominamos de armadilha existencial.
Assim, o prazer dos bens adquiridos não traz o prazer desejado ao homem porque o sacrifício pela compra o afasta da experiência prazerosa. 
Partindo do princípio de que a riqueza que se adquire é a de objetos, o prazer da aquisição cai no esquecimento, e abre espaço para novos desejos, já que o sujeito continua pobre e divorciado de suas vontades subjetivas. Sem contato com a subjetividade do seu eu, esse homem vive a condição da coisificação de si. 
Tornar-se coisa significativa, deixar de ser sujeito e se reduzir à condição de objeto. 
Em outros termos, isso significa do divórcio do homem de suas vontades e dos seus desejos e a sua redução à experiência do necessário. Isto é grave para a conquista da qualidade de vida, pois significa afastar o homem da consciência de si e levá-lo ao comprometimento do espaço de sua liberdade.
Por fim, o pensador hedonista foi raptado pelos mentores neoliberais que o prenderam numa caverna e projetam constantemente as suas sombras na parede do fundo da caverna. 
O homem do nosso tempo, de costas para as luzes do mundo verdadeiro, busca nas sombras de Epícuro o prazer que ele propôs, mas que só se pode conquistar no mundo das luzes de sua consciência subjetiva. Desse modo, o homem corre atrás de sombras de prazer e não se satisfaz porque as sombras pertencem ao mundo externo e não ao interior desse homem.
Entretanto, a genialidade de Epícuro supera a astúcia de seus raptores que são mantidos no camarote da caverna, bastante ocupados com o trabalho de fiscalização do espetáculo incessante de projeção de sombras. Dessa forma, também eles não conquistam o prazer de um viver qualificado pelo fato de estarem ocupados em pensar o viver objetivo da sociedade. Também entre estes falta tempo para celebrar a amizade, palavra apagada do dicionário do viver prático dos promotores e dos expectadores do espetáculo.
A superação dessa realidade é difícil, pois o tetrapharmakon precisa ser trocado por outro medicamento, porque o diagnóstico de Epícuro que separa o medo dos deuses, da morte e da dor, além do sentido atribuído ao prazer, mudou. Tudo isso nos leva a propor a manutenção das propostas de Epícuro.
Entretanto, a aplicativa, isto é, a prática precisa ser recriada. 
É necessário decretar a aposentadoria do remédio Tetrapharmakon pelo fato de outros fatores terem surgido no processo que adoece o ser do homem e o impede de celebrar a vida prazerosa na amizade.
Este é o estado de sanidade proposto por Epícuro e com o qual concordamos na construção do novo fármaco social para viabilizar essa condição.
 Gilson Cláudio Barbosa de Miranda - Ciencia e Vida, Editora Escala

Na cultura ocidental o homem sempre se perguntou 
sobre o fim último da vida, 
e diversas respostas marcaram diferentes momentos 
da história de nossa civilização. 
Algumas dessas respostas foram importantes 
no processo de construção de nossa cultura.
Por exemplo, para Aristóteles, o fim último da vida
é a busca da felicidade pela prática da virtude.
Para os pensadores cristãos, por outro lado, 
seria a salvação da alma conquistada pela 
prática da moral cristã. Uma terceira resposta 
foi formulada  por Aristipo de Cirene,  
o seu pensamento  hedonista foi sintetizado por Epícuro.

domingo, 13 de novembro de 2011

A Origem

O homem se diferencia dentre os outros animais por seus dons de imaginação. Seus planos, invenções e descobertas surgem de uma combinação de diferentes talentos, e suas descobertas se tornam mais elaboradas e penetrantes à medida que aprende a combiná-las em formas mais complexas e intrincadas. Dessa maneira, descobertas tecnológicas, científicas e artísticas de diferentes épocas e de diferentes culturas exprimem, no seu desenrolar, conjunções cada vez mais ricas e mais íntimas de faculdades humanas, tecendo a treliça ascendente de seus dons.
É claro que nos sentimos tentados - o cientista mais fortemente - a esperar que as conquistas mais originais da mente sejam as mais recentes. Na verdade, muitos trabalhos modernos nos causam orgulho. Pense nas descobertas do código genético, na espiral do DNA ou nos trabalhos avançados sobre faculdades especiais do cérebro humano. Pensem na intuição filosófica que examinou a Teoria da Relatividade ou do microcomportamento da matéria no interior do átomo.
Contudo, o admirarmos nossos sucessos somente, como se eles não tivessem um passado(e um futuro assegurado), redundadria em uma caricatura do conhecimento. Isto, porque as conquistas humanas, e as científicas em particular, não são um museu de obras acabadas. Representam sim, um progresso, no qual os primeiros alquimistas e a requintada aritmética que os astrônomos Maias da América Central inventaram sozinhos, independentemente do Velho Mundo, preenchem um papel formativo.
Os trabalhos em pedra de Machu Pichu nos Andes e a geometria do Alhambra na Espanha mourisca se nos apresentam como excelentes exemplares de arte decorativa. Entretanto, se não forçarmos nossa apreciação um pouco além desse ponto, deixaremos de entender a originalidade das duas culturas que deram origem a esses trabalhos. Em seus respectivos tempos, representam eleborações tão espetaculares e importantes para seus povos quanto a arquitetura do DNA para nós.
Cada época exibe um ponto de inflexão. uma nova maneira de ver e afirmar a coerência do mundo
...
Para a química moderna, nada foi mais surpreendente do que a obtenção de diferentes ligas metálicas com propriedades novas; essa técnica foi descoberta depois do nascimento de Cristo, na América do Sul, e, muito antes, na Ásia. 
Conceitualmente, tanto a quebra, quanto a fissão do átomo derivam de uma descoberta levada a cabo na pré-história: pedras ou qualquer matéria apresentam planos de clivagem que permitem a obtenção de diferentes peças e rearranjos em novas combinações. Invenções biológicas foram conseguidas igualmente cedo pelo homem: a agricultura - a domesticação do trigo selvagem, por exemplo - e a idéia improvável de amansar e então usar o cavalo como animal de sela."
O trecho acima, retirei do livro Escalada do Homem, de J Bronowski, que é tão excitante que me dá vontade de transcrever inteiro, para ti. Trementamente coerente. Um passo depois do outro nos traz onde estamos, livro publicado em conjunto pela Martins Fontes e Editora Universidade de Brasília.
Abaixo trechos de textos referentes a René Quinton, o pesquisador francês que soube fisgar um princípio que deixou de ser investigado na conturbada época em que o homem industrializou a vida e deixou de crer na cura que ele mesmo não desenvolve no laboratório. Em demérito para o método Quinton, existe a história de um cachorro que teria recebido a transfusão Quiton e morrido no dia seguinte, dizem que teria sido substituido por um sósia, que viveu mais cinco anos são, que nem quando nasceu. 
Teria sido a crença na cura do cão, a atuar como placebo nos humanos que saravam com o método? Quem levantou o "gato", óbviamente desejava desmerecer a pesquisa, e não provou que o cientista esteve envolvido. E se esteve, o atualíssimo filme O Planeta dos Macacos  - O Retorno, que trata do delicado tema "mostrar resultado", que atormenta aos pesquisadores, mesmo na atualidade, mais ainda na atualidade. 
Evoluímos tanto, e sem pejos descaracterizamos uma pesquisa que não é preciso ser Einsteim para saber que contém verdades libertadoras: os oceanos estão repletos de bençãos potenciais.
Descartamos uma pesquisa de valorização deste universo sobre o qual nem mesmo hoje se pesquisa adequadamente, para evolucionar usando-o como depositário dos esgotos das grandes cidades e receptáculo do lixo radiotivo que embarcamos em barris, em balsas, e liberamos a deriva em alto-mar.
Os textos abaixo foram compilados por Helena Gerenstadt, e divulgados pela amiga Mirtzi Lima Ribeiro - Título honorífico de Cidadã Planetária, e Membro do Conselho Administrativo do Comitê Mundial de Cidadania Planetária.


"René Quinton era uma dessas pessoas que possuem cultura enciclopédica, que se interessam apaixonadamente por mil coisas e aplicam a tudo seu espírito inventivo e sua imaginação. Foi admirado por suas descobertas no campo da medicina e da biologia, por seu senso prático na criação de dispensários marinhos, por diversas invenções, por sua contribuição ao desenvolvimento da aviação francesa e dos planadores, assim como por seu heroísmo durante a Primeira Guerra Mundial.
Quinton criou um método terapêutico muito avançado para o seu tempo e causou verdadeira revolução na maneira de compreender a origem da vida e as teorias da evolução.
A água do mar: meio vital
Quinton formulou a hipótese de que “a vida animal, que começou como uma célula no mar, manteve através de toda a evolução zoológica as células que compõem cada organismo num ambiente marinho.”
Isso serve tanto para as espécies marinhas quanto para as de água doce ou terrestre. Esse meio vital é externo nas primeiras espécies (o mar) e interno nas que vieram depois (sangue e linfa).
Uma longa série de experimentos com várias espécies confirma essa hipótese e estabelece a lei da constância marinha. Uma demonstração muito famosa foi mergulhar glóbulos brancos, que não resistiam a nenhum meio artificial, na água do mar. Eles conseguiram viver lá perfeitamente.
A análise minuciosa da água do mar e do meio vital tornou possível a Quinton descobrir mais 17 elementos raros, além dos 12 já conhecidos em sua época.
Ele é claramente o precursor da teoria dos oligoelementos, sendo um dos primeiros a mostrar sua necessidade para o bom funcionamento do organismo. O estudo da concentração desses sais minerais no meio vital de espécies diferentes permitiu a Quinton estabelecer uma lei de constância salina (ou osmótica): as espécies recentes têm um meio vital com o teor de salinidade dos oceanos primitivos (7 a 8/1000). As mais antigas, permeáveis ao meio externo, acompanharam a transformação da concentração salina dos oceanos (35/1000). A partir dessa lei, Quinton concluiu que a água do mar isotônica (ou seja, com o teor de salinidade apropriado para a espécie) pode substituir o meio vital de um organismo.
O ponto fundamental da lei de constância salina de Quinton é que a vida animal (e, portanto, a vida humana) — surgida na água do mar — conservou em todos os organismos um meio marinho para as células, de maneira que elas continuam a viver como peixes na água do mar. Devido a essa identidade entre o meio interno (meio vital) e a água do mar isotônica, é possível estimular as forças vitais de qualquer organismo, regenerando seu meio vital enfraquecido — do qual se nutrem as células — por meio da água do mar pura, de composição equilibrada e completa. Assim que o meio vital recupera sua vitalidade original, as células podem novamente retirar dele os elementos necessários para seu bom funcionamento e vencer as doenças (desequilíbrios do organismo).
O meio vital é parte importante do terreno do indivíduo. Talvez seja, simplesmente, o terreno. Regenerando o meio vital pela água do mar isotônica, o doente reconstrói seu terreno de uma só vez.
É possível trabalhar ao mesmo tempo em dois planos: estimular as defesas do organismo — reforçando ou renovando o terreno, isto é, o meio vital — e, também, lutar contra vírus e micróbios para ajudar um organismo enfraquecido a vencer o inimigo. 
Os dispensários marinhos
Diante da mortalidade infantil muito elevada (cólera, tifo, diarréia etc.), René Quinton criou dispensários marinhos para tratar de lactentes e crianças pequenas. O plasma de Quinton (água do mar isotônica) em injeções era o único tratamento (acompanhado de uma dieta natural). Os resultados eram imediatos e espetaculares: crianças à beira da morte, recusando qualquer alimentação, comiam em pouco tempo após a primeira injeção do plasma de Quinton e começavam a ganhar peso. O “Quinton” ficou famoso imediatamente. Surgiram dispensários em todas as cidades da França e também no exterior. Quinton tornou-se conhecido mundialmente e aclamado benfeitor da humanidade. Erradicou com sucesso várias epidemias de cólera infantil, especialmente na Itália e no Egito.
O Dr. Jean Jarricot, que abriu o célebre dispensário marinho de Lyon, sintetizou suas rigorosas pesquisas com milhares de crianças no livro “Le dispensaire marin, un organisme nouveau de puériculture” (O ambulatório marinho, um novo órgão de puericultura). Esse livro continua sendo uma mina de ouro de informações práticas sobre as aplicações terapêuticas do plasma de Quinton adaptadas a cada doença. Muitos criticaram a cura marinha de Quinton por ignorância, quando o método foi mal usado ou mal dosado, quando a água do mar foi impropriamente tratada ou mesmo substituída por simples soro fisiológico cuja composição está longe de ser a do plasma.
A polivalência: um defeito?
A água do mar isotônica não trata apenas crianças, embora se tenha dado prioridade a essas aplicações. Ela produziu resultados notáveis em casos de anemia, doença de pele, tifo, desidratação, distúrbios do sistema nervoso, doenças hereditárias, abortos, problemas intestinais, raquitismo, anorexia, toxemia e, também, como diluente para antibióticos.
Essa polivalência do plasma se deve ao tratamento do terreno que é regenerado, não importando qual a doença ou vírus em questão. Apluralidade de efeitos é mal vista pela indústria farmacêutica, que produz centenas de medicamentos por moléstia. Ela sofre a concorrência de um produto que, embora não seja uma panacéia, é policurativo e custa quase nada.
Diversos médicos consideram hoje que as doenças chamadas da civilização são doenças de carência, resultantes de um meio vital enfraquecido, desequilibrado, incapaz de suprir as necessidades vitais das células que deve alimentar.
Superioridade da água do mar
A água do mar isotônica (plasma de Quinton) e hipertônica (Quinton via oral) são produtos insubstituíveis. 
Por sua própria natureza, estão em osmose com o organismo e fornecem a totalidade dos oligoelementos, numa dosagem e na forma que corresponde exatamente ao necessário.
Quinton reproduziu todas as experiências que realizou com o plasma de Quinton com outros produtos, especialmente o soro fisiológico. Todos os resultados confirmaram a nítida superioridade do plasma marinho. 
Mesmo uma solução de água do mar, obtida evaporando metade de seu volume e depois acrescentando água destilada, não produz os mesmos resultados como o plasma feito com água do mar selecionada e água de fonte. Isso porque os sais na água do mar e em nosso organismo contribuem para uma ação coordenada: falamos de sinergia.
René Quinton fez pesquisas e mais pesquisas antes de determinar exatamente como a água do mar deveria ser captada, esterilizada a frio e diluída para obter um produto 100% de acordo com suas exigências. Compete aos médicos de hoje apreciar seu espírito de síntese e trabalhar para a unidade da medicina a serviço da saúde."
  Fonte: Xavier Bouillot -Trechos da revista “Le Lien”, 1990.

O SEGREDO DAS NOSSAS ORIGENS - André Mahé
Descrição dos trabalhos de René Quinton utilizando a água do mar pura, isotônica, no combate à mortalidade infantil. Ele ficou famoso curando as crianças em seus dispensários marinhos de cólera, tifo, diarréia etc
Cirurgia sem transfusão: Aquilo que era uma convicção religiosa das Testemunhas de Jeová está se tornando uma preferência dos médicos de ponta. O instituto de pesquisas de Englemond, EUA, está liderando 50 hospitais americanos onde os cirurgiões não recorrem mais à transfusão. Esses estabelecimentos propõe um leque de técnicas que reduzem as perdas sangüíneas. No caso da perda de sangue de 90% é, segundo eles, ainda possível evitar a transfusão, por meio da suplementação de ferro e vitaminas em doses elevadas, assim como a eritropoietina de síntese, que estimula a fabricação de glóbulos vermelhos na medula óssea. É pena que não se fala das transfusões de substituição pelo soro de Quinton (água do mar esterilizada e diluída a 1/5) que foi usada com sucesso durante um quarto de século. Em novembro de 2001 o Dr. Edwin Deitch, diretor do Hospital Universitário de Nova Iorque, EUA, declarou: "As técnicas sem transfusão usadas para as Testemunhas de Jeová mostraram como estes se recuperaram melhor das operações do que aqueles que receberam transfusão (http://www.chez.com/12lois/coeur/vsp.html)


Veja também www.amessi.org - Association de Médicines Evolutives Santé et Sciences Innovantes, pesquisadores famosos e descobertas importantes:

René Quinton nació el 15 de diciembre de 1866 en la ciudad de Chaumes-en-Brie y murió el 9 de julio de 1925 en Grasse, fue un científico naturalista, fisiólogo y biólogo francés. Autodidacta, elaboró una teoría sobre el origen y la naturaleza marina de los organismos vivos. Sus trabajos tuvieron en su época repercursiones considerables en los dominios científicos, terapéuticos y filosóficos.
André Quinton Brasil, Rio de Janeiro, 2002, 170 p



Foto: A Jangada de Medusa, pintura de Theodore Géricault retratando um naufrágio acorrido no ano de 1816. Um navio oficial francês transportava colonos para o Senegal e por imperícia do capitao que fora nomeado politicamente, encalhou e afundou em um banco de areia na costa da Mauritania. O capitão e os tripulantes ocuparam os poucos barcos salva vidas e os colonos sobreviventes ficaram a deriva sobre uma prancha da fragata, foram abandonados pelos tripulantes dos salva vidas e arrastados para o alto mar por uma tempestade. Vinte e sete dias depois foram resgatados. Dos 149 ocupantes da jangada, restavam apenas 15 sobreviventes do sol escaldante, canibalismo e loucura. O pintor Gericault, contemporâneo, entrevistou os sobreviventes e pesquisou cada detalhe do terrível evento que mobilizou e escandalizou a sociedade da época, para pintar esta cena, que apresentou em um salão três anos depois.
Conheci e estudei o quadro pela fascinação que exercia sobre Ben-Hur Mafra, o esposo de minha mestre, Ingeborg. O filósofo pesquisava incansavelmente a obra, que pela mensagem política e filosófica, garantia, é uma das obras mais importantes da criação artistica da humanidade. Ele dizia: A mais importante!! 

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Aliança

Tudo é verdade nos livros de Hermes. Porém, por ocultá-los tanto aos profanos, terminou-se por torná-los inúteis ao mundo.
Tudo é verdade no dogma de Moisés; o que é falso é o exclusivismo e o depostismo de alguns rabinos. 
Tudo é verdade no dogma cristão, porém os sacerdotes católicos cometem as mesmas faltas que os rabinos no judaísmo.
Estes dogmas se completam e se explicam uns aos outros e sua síntese será a religião do porvir.
O erro dos discípulos de Hermes foi o seguinte: É preciso deixar o erro aos profanos e fazer a verdade impenetrável a todo mundo, exceto aos sacerdotes; este o amargo fruto da doutrina.
A idolatria, o depostismo e os atentados aos sacerdotes foram os amargos frutos desta doutrina.
O erro dos judeus foi a crença de que constituíam uma nação única e privilegiada e que eram os únicos herdeiros de Deus.
E os judeus, por represália cruel, foram amaldiçoados e perseguidos por todas as nações.
Os católicos cometeram três erros fundamentais:
1° -Acreditaram que a fé deve ser imposta por força à razão e até à ciência cujos progressos combateu.
2° -Atribuíram ao Papa uma infalibilidade, não somente conservadora e disciplinar, mas absoluta como a Deus.
3° - Acreditaram que o homem deve diminuir-se, anular-se, converter-se em desgraçado nesta vida, para merecer a futura, ao passo que, contrariamente, o homem deve cultivar todas as faculdades, desenvolvê-las, engrandecer a alma, conhecer, amar, embelezar a existência, numa palavra, fazer-se feliz, porque a vida presente é a preparação da futura e a felicidade eterna do homem começará quando tiver conquistado a paz profunda que é a resultante dum equilíbrio perfeito.
A consequência de tais erros foi o protesto da natureza, da ciência e da razão, que fazem crer, por um momento, na perda de toda fé e no aniquilamento de qualquer religião da terra.
Mas o mundo não pode sobreviver sem religião, como sem coração não pode existir o homem!
Quando todas as religiões tiverem morrido, viverá a religião universal e única, será a conformidade de todos os homens na crença e na solidariedade universal, unidade de aspirações, diversidade de expressões, ortodoxia na caridade, universalidade quanto ao fundamento e, não direi indiferença, porém, deferência para as formas análogas ao gênio dos diferentes povos, perfectibilidade dos dogmas, melhoramento possível dos cultos; porém, no fundo de tudo isto,  a grande e imutável fé de Israel num único Deus, imaterial, imutável, e insubstancial, em que todas as figuras convencionais e imaginadas são ídolos, numa só razão que é a lei universal de todos os seres, e numa só nação, que é o instrumento de Deus para a criação e conservação dos insetos e dos universos!
Assim é que, sob os auspícios e pela influência comercial de Israel, esperamos que se estabeleça, finalmente, na terra:
A Associação de todos os interesses.
A Federação de todos os povos.
A Aliança de todos os cultos.
E a solidariedade universal.

As Origens da Cabala, editora Pensamento
Carta do abade francês Alphonse Louis Constant
(Eliphas Levi, 1810/1875) para o Barão de Spedalieri.
Foto: Romã -meu atelier em 2010

Os requisitos para se sair airosamente deste estudo são uma grande retidão de juízo e amplo ecletismo. 
Não se pode ter preconceitos, a razão 
por que Cristo dizia:  
"Se não tiverdes a simplicidade da criança, 
não entrareis em Malkuth", isto é, no reino da ciência."
Parágrafo do mesmo livro.
                                      

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O Verdadeiro Cirano

Devem existir milhões de pessoas que sabem que Cirano de Begerac é personagem de ficção numa peça teatral de Edmond Rostand; um personagem que foi descrito como tendo um nariz enorme, e que andava sempre matando gente que mencionasse isso; um personagem que era poeta, dramaturgo, perspicaz, romântico e tão audacioso amalucado a ponto de travar combate a espada contra centenas de opositores ao mesmo tempo e de derrotá-los também. Que extravagante imagem de um herói impossível!
Cirano, porém, viveu realmente! Foi uma pessoa real, que efetivamente possuía um nariz enorme (não tão como se mostra na peça), e que na verdade combateu duelos (talvez não tão extravagantemente como na peça), tendo até uma luta com centenas de adversários ao mesmo tempo, da qual ele realmente saiu vencedor: e era de fato poeta, dramaturgo, homem-de-espírito e romântico (talvez não bem na extensão apresentada na peça). 
Contudo, a coisa mais importante a respeito de Cirano de Begerac, do verdadeiro Cirano, é mal-mal referida na peça. Afigura-se que, além de tudo o mais, Cirano foi um dos primeiros escritores de ficção científica; o melhor dentre eles, talvez, até o tempo de Júlio Verne.
Saviniano Cirano de Begerac nasceu perto de Paris, em 6 de março de 1619. Em 1638, quando se encontrava ainda na adolescência, mas já havia conseguido uma formidável reputação de espadachim, entrou para o serviço militar. Entretanto, permaneceu no serviço ativo uns poucos anos, por ter sido duas vezes ferido seriamente. E, em 1643 (ainda com apenas 24 anos de idade), ele passou a escrever por profissão.
Escreveu várias tragédias para o palco francês, Moliére, por condescendência, tomou de empréstimo umas poucas cenas.
 A obra-prima de Cirano, entretanto, ou, pelo menos, a porção de seus escritos pela qual ele é conhecido nos dias de hoje é Uma Viagem à Lua, da qual uma edição foi subtraída e impressa sem permissão de Criano, em 1650.

Cirano morreu em Paris, em 28 de julho de 1655 (com idade de 36 anos), em conssequência de ferimentos causados por uma trave que caiu sobre sua cabeça - o acidente talvez tenha sido prepaprado por homens que ele ofendera. Depois de sua morte, a primeira edição autorizada de "Uma Viagem à Lua foi publicada em 1657; e, em 1662, a sua sequência, Uma Viagem ao Sol, também foi publicada. Ambas as obras apareceram originalmente na forma em que Cirano as escreveu.
A coisa mais interessante, a respeito do livro e da sequência, é a descrição de Cirano, quanto ao método de se alcançar a Lua. Até aquela época, as viagens à Lua tinham sido feitas por meio de jatos de água, por veículos atrelados a bandos de aves e com o emprego de anjos ou demônios para o transporte. Cirano procurou descrever métodos nunca antes utilizados, e selecionou não mesnos que sete!
1 - A pessoa poderia untar-se com miolo dos ossos. Visto que se acreditava, naquele tempo, que a Lua atraía o miolo, e a pessoa poderia erguer-se com ele até a Lua. (Isto é pura lenda, naturalmente, e sem valor algum).
2 - A pessoa poderia aplicar frascos de orvalho ao próprio corpo, e elevar-se quando o orvalho se levantasse. (O orvalho efetivamente se eleva, ao contrário do miolo dos ossos, mas apenas porque ele evapora. Mesmo como o vapor, ele se ergue no máximo a alguns quilômetros no ar - mas não se evapora nem um pouco se se encontra num frasco fechado.)
3 - A pessoa poderia ficar de pé em cima de uma chapa de ferro, segurando um imã. Atiraria o imã ao ar; a chapa o seguiria; apanharia o imã e o atiraria de novo. Desta  maneira, a chapa seguiria o imã até a altura em que os seus músculos pudessem sustentá-lo, ao longo de todo o percurso até a Lua, talvez. (Este recurso parece bom, mas não funciona. Imagina-se o leitor em pleno ar: se atirar o imã para cima, empurrará a chapa para baixo o suficiente para anular o seguinte movimento para cima, e o sistema todo será puxado para baixo, para a Terra, pela gravidade.)
4 - A pessoa poderia encher de ar um recipiente hermético, aquecê-lo e forçá-lo para fora de uma abertura. (Isto é uma visão do avião a jato, e , naturalmente, funcionaria somente enquanto o ar circundasse o recipiente. Ao tempo de Cirano, entretanto, estava-se apenas começando a compreender que o ar se encontrava limitado às vizinhanças da Terra, e que entre a Terra e a Lua se entendiam muitos quilômetros de vácuo. Até a época de Cirano, dava-se como certo que o ar enchia o espaço todo entre a Terra e a Lua.)
5 - A pessoa poderia encher de fumaça um globo e, visto que a fumaça sobe, o globo, conduzindo um  passageiro, poderia erguer-se até a Lua. (Isto é uma visão do balão, mas, de novo, funcionaria somente se o ar enchesse o espaço todo entre Terra e Lua.)
6 - Poder-se-ia conceber uma máquina como um grande gafanhoto de ferro, e mantê-la pulando pelo ar por meio de explosões de pólvora. (Isto é uma visão do aeroplano, mas o que Cirano precisaria seria de uma hélice, no lugar de pernas e asas planas.)
Nenhum destes seis métodos funcionará, percebe o leitor, seja porque se acham baseados em mitos, seja porque são mecanicamente impossíveis, seja porque são inoperantes no vácuo. Mas, então, há um sétimo método descrito.
7 - O leitor pode ligar foguetes à sua nave.
Acontece que este é o recurso com o qual o herói de Uma Viagem à Lua começa a sua excursão através do espaço. alguns soldados franceses, no Canadá, ligam foguetes à sua nave, para brincar, e os disparam. A nave espacial vai a grande altura no ar, e , quando o impulso dos foguetes cessa, o miolo dos ossos com que o herói untou o próprio corpo o conduz ao longo do resto do caminho.
Como se verifica, o princípio do foguete pode levar um homem à Lua; trata-se de técnica por meio da qual homens foram, na realidade dos fatos, conduzidos à Lua, em 1969.
Este é um notável lampejo de intuição da parte de Cirano, visto que o princípio do foguete depende da Terceira Lei do Movimento, que foi primeiro enunciada por Isaac Newton, em 1687, muito depois da morte de Cirano.
Depois do aparecimento do grande livro de Newton, no qual ele descreveu as três leis do movimento e elaborou a lei da gravitação universal, tornou-se extremamente fácil ver que o princípio do foguete funcionaria, e também o porquê.
Cirano, porém, existiu antes de Newton cerca de quarenta anos. ele concebeu a idéia antes de qualquer outra pessoa.
Quando o pé de Neil Armstrong tocou a Lua, assinalando esse gigantesco passo para a humanidade, em algum lugar, no Valhala reservado aos escritores de ficção cinetífica, o espírito de Cirano deve ter sorrido. 
Tinham sido necessários três séculos, mas a mais notável visão individual, da história da ficção cinetifica, se havia tornado realidade.

Extraído de o Início e o Fim de Isaac Asimov - Publicado pelo Circulo do Livro
Foto: Madalena, pintura do italiano Francesco Rayes