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segunda-feira, 5 de março de 2018

Porque Te Vas



Ontem aconteceu a 90° edição do Oscar do Cinema, eu estava preparando o jantar quando a transmissão teve início, com o dia pontuado por chuvas e calores ensolarados intermitentes realizando o perfeito clima tropical na região que originalmente foi coberta de mata atlântica ouvia a transmissão atenta. Já havia dado banho na Willow, tomado banho e de pijama recebia as imagens dos profissionais de cinema no grande auditório. Estavam ali, desfrutando do desfecho público máximo do seu trabalho e era uma festa bacana, bonita e sumamente importante.
Muitos artistas, os criadores das obras e os desenvolvedores técnicos em seus trajes que inspirarão a moda do próximo ano, cujas obras decretarão insights transformadores no povo humano - na política, na religião- que condicionarão consumo, que farão a iniciação mental nas crianças e exemplificarão atitudes para os jovens, declararam em vários momentos da noite, sua humanidade, e assim foi emocionante ver uma família de artistas reunida na comemoração máxima, se fosse de cunho religioso, seria similar a festa natalina da humanidade, com várias etnias e culturas congraçando. A confraternização universal - através do cinema. Isolada nesta serra, há anos, ver um rosto ou outro na platéia emocionou-me e percebi que ali estava minha família, as pessoas que mais têm feito parte da minha rotina diária de trabalho, estudo e vivências através dos personagens que desempenham. 
Mas os artistas e produtores não querem esta conotação, não desejam que as obras nas quais trabalham tenha cunho formativo, tampouco. 
Estão interpretando profissionalmente histórias prováveis e possíveis, pois na variedade universal de dimensões, se foi pensado, pode ser feito, em algum lugar aconteceu, está acontecendo ou acontecerá. Eis como é expressar a criatividade e materializar com arte.
Jimmy Kimmel, o apresentador, recebeu seu eu de nove anos - e ele menino o reprendeu por não cuidar-se melhor!, e ele adulto chantageou o seu eu criança, que não aceitaria reprimendas, informando que ainda lembrava onde ele escondia certas revistas, depois que seu eu foi embora, Jimmy satirizou a campanha contra o assédio feminino em Hollywood, como mestre de cerimônia, ele descontraiu o público e abordou o assunto mencionando que o mundo é cruel com as mulheres em toda parte.
O questionamento dele é super-válido e estipular uma baliza agora será uma dança de pisar no pé por um bom tempo, mas nós, Jimmy, as anônimas, estamos na mão cultural balizadora de vocês. Oh, pobres holywoodianos, terão que sacrificar-se pela humanidade?! Mas é por um bom motivo. 
Em muitos lugares deste planeta os machos humanos ainda, culturalmente pensam que podem matar as mulheres que não se comportam como eles desejam.
São vocês através do cinema universal que praticam, os únicos que entram em quase todos os lares do planeta, e é através da subliminaridade entranhada no seu trabalho que estes machos receberão um convite a repensar.


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